A prática de benchmarking consiste na comparação entre as marcas
Se a grama do vizinho é mais verde ou não, isso você só vai saber se der uma espiada. E se ela estiver melhor mesmo, então busque saber o porquê. A nível corporativo, essa é a prática do benchmarking.
O termo vem da palavra inglesa benchmark, que significa “referência”. Assim, pode-se entender o processo como uma análise de outras empresas que podem ser utilizadas pela sua.
Essa avaliação normalmente acontece com organizações do mesmo setor, mas podem se estender a instituições de mesmo porte posicionadas em segmentos diferentes ou mesmo empresas que apenas compartilham dos mesmos propósitos, por exemplo.
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Essa rotina, aliás, não deve ser considerada um exercício pontual, deve se tornar parte integral do processo de melhoria contínua para ser efeito e permitir que a corporação esteja sempre à frente com as melhores práticas e tendências de mercado.
Espiar seu trabalho, entender como eles aplicam suas estratégias, como criam, vendem e se relacionam pode ser uma inspiração para melhorar todas essas práticas de sua empresa, e isso é algo natural no mundo corporativo. Cuidado: o benchmarking apenas busca mais conhecimento e inspirações, a ideia não é copiar nenhum processo, até porque o foco excessivo na concorrência pode fazer com que sua empresa perca sua própria identidade.
Análises
Dessa forma, para fazer uma análise bem-sucedida, entram em jogo as fases da interpretação, avaliação e mensuração das informações coletadas. Nesses níveis, pode-se aplicar uma sequência de seis passos:
- Compreender os processos e práticas internos;
- Determinar o tipo de benchmarking utilizado (são três tipos que serão apresentados logo abaixo);
- Escolher as empresas que serão comparadas e avaliadas;
- Iniciar as comparações e encontrar as lacunas de desempenho;
- Determinar as metas de melhoria e estipular prazo para realizá-las;
- Implementar as melhorias determinadas.
O uso correto desses elementos traz benefícios como:
- Identificar áreas que precisam de mudanças e melhorias;
- Descobrir práticas de sucesso de concorrentes diretas ou indiretas;
- Identificar novas tendências e investir na capacidade de inovar;
- Levar rotinas de mercado que otimizem a produção;
- Melhorar a comunicação empresarial;
- Criar planos para desenvolvimento de novas estratégias;
- Reduzir os erros e, consequentemente, os custos.
Conheça e entenda os quatro tipos de benchmarking
✔ Benchmarking competitivo
É usado para avaliar e comparar a organização como um todo. Além disso é realizado a partir do mercado em que a empresa opera e como ela atua. Avalia desde os processos internos até a satisfação do consumidor final do produto.
Utiliza alguns métodos de praxe, desde os mais simples, como pesquisas informais, até as mais avançadas, com a ajuda de consultoria externa que avalia resultados competitivos do mercado, e o uso de métodos como o “cliente oculto”.
✔ Benchmarking genérico ou corporativo
Neste caso, analisa os processos de fluxo dentro de uma organização. Assim, é comum no setor de tecnologia e trabalha com “empresas parceiras, que fazem análises de áreas semelhantes e podem aprender em conjunto sobre determinados temas. Essas ações colaboram para um maior autoconhecimento de seus processos.
✔ Benchmarking funcional
Também analisa os processos internos de uma organização, como acontece no genérico, mas serve para trocar informações acerca de uma atividade bem definida, como a distribuição de um produto, o faturamento, a venda ou a embalagem. Como toda empresa se destaca pela eficiência em um determinado setor ou processo, eles podem servir de referência para outras áreas do negócio.
✔ Benchmarking interno
Esse é o tipo de benchmarking mais utilizado no mercado. E ele que busca as melhores práticas dentro da própria organização, mas em unidades diferentes ou em outros departamentos, por exemplo. É responsável por encontrar mais vantagens, facilidades para conseguir parcerias, menores custos e maior valor. É bastante utilizado por organizações que possuem filiais ou franquias.